domingo, 2 de novembro de 2008

O RESGATE

Do homem só a alma vale
O coração vagueia desgovernado
Fraca luz pelas estradas do deserto
As roupas pesadas não a incomodam na busca produtiva
O cansaço não a desanima o tempo é prolongado
A fresca sombra da árvore da justiça é ofertada
O sono reparador é destinado o sono do sonho
O mistério revelado do homem só a alma vale

Do homem a alma se conhece através
Da mascara do resgate reconhece o semblante triste
Marcado por um amor ausente.
O rosto que fascinou o coração se apaixonou ao amor entregou -se.
Juntos um dia compartilharam o mesmo ninho o mesmo jardim cada
Flor plantou e para sempre esse amor jurou

Na estrada da vida na curva do destino o forasteiro cruzou
Montado no cavalo negro em seu caminho pisou
Um olhar traidor para sua amada lançou.
Fascinada pela grandeza do traje esqueceu a promessa feita
E na garupa desconhecida embarcou nos beijos de um sedutor
E de seu verdadeiro ser distanciou-se

As noites passavam os dias não chegavam o ouro multiplicavam o amor para trás ficava a tristeza apoderou-se e sozinha chorou a promessa lembrou arrependida voltou

O caminho já não era o mesmo o jardim secou em deserto se transformou a alma adoeceu e a dor se manifestou ferida no chão ficou.
O tempo passou e com ele o ventou chegou à memória refrescou um nome lembrou.

Da profundeza do abismo se levantou pelo sentido da vida procurou na estrada deserta encontrou o homem e sua alma perdida numa promessa esquecida.

Para o céu olhou ao senhor do tempo rogou o pedido confiou o perdão concedido foi.
Num sonho sonhou do homem só a alma vale
O sono reparador entendeu e o sentido da vida compreendeu.

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